Um novo passo para ir além...

Depois de cinco anos (comemorados agora, em 20 de abril) no Blogspot, em que foi um local agradável para começar no mundo blogueiro, compartilhar opiniões e conhecer pessoas que possuem a mesma paixão em comum, agora estamos com uma nova casa, mas o estilo da Apaixonada por Cinema não mudou, somente com mais amplitude de discutir cinema e afins.

Por favor, atualizem seus links e sejam bem-vindos a nossa nova casa no WordPress!

http://blogapaixonadaporcinema.wordpress.com

Uma viagem pela geração Beat...

Com previsão de estreia para 2011, mas adiado por questões de edição, o trailer de On the Road cumpriu bem o objetivo: deixar cinéfilos de plantão com água na boca e contando os dias para o lançamento previsto para 15 de junho.

On the Road é baseado em um livro cultuado do autor Jack Kerouac, um dos principais nomes da literatura beat, juntamente com Allen Ginsberg e William S. Burroughs. Essa geração influenciou a juventude norte-americana nos anos 1960, em que os autores retratavam a questão da liberdade e do autoconhecimento em suas histórias.

Em On the Road, o jovem escritor Sal resolve fazer uma viagem de descobertas pelos Estados Unidos, deparando-se com Dean, que possui algumas coisas em comum com Sal, como o amor pelo Jazz e dar a volta ao mundo. Ele junta-se com Sal nessa viagem, acompanhado de sua esposa de 16 anos chamada Marylou.

O filme conta com direção do brasileiro Walter Salles e produção da American Zoetrope, de Francis Ford Coppola. O trio principal é formado por Sam Riley (Sal), Garrett Hedlund (Dean) e Kristen Stewart (Marylou), tentando apagar a imagem de Bella Swan. O resto do elenco é um luxo: Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Amy Adams, Steve Buscemi, Elizabeth Moss (a Peggy Olsen da série Mad Men), Terrence Howard e Alice Braga.


Fique com o trailer de On the Road:

Millennium - Os Homens que não Amavam as Mulheres

A versão norte-americana de Os Homens que Não Amavam as Mulheres comprova ainda mais a teoria de que a personagem Lisbeth Salander é fascinante, não só pela sua astúcia, mas também pelo modo como se defende e se isola de uma sociedade em que boa parte é formada por homens que não são muito confiáveis.

O espectador é transportado para 1966, ao clã da família Vanger. Eles são donos de um grande império industrial, juntando os três irmãos, um deles sendo Henrik (Christopher Plummer), o mais velho, que ainda não desistiu de procurar sua sobrinha Harriet, desaparecida há mais de 40 anos. Posteriormente, vemos o jornalista Mikael Blomkvist (Daniel Craig) que recebera uma condenação por difamação em razão de uma reportagem publicada pela revista Millennium, que está passando por crise.

Em razão das dificuldades de Mikael, o patriarca dos Vanger resolve contratar o jornalista para resolver o caso Harriet, ao mesmo tempo em que pode ser uma oportunidade de limpar sua reputação. Para ir mais fundo na investigação, Mikael passa a conta com a ajuda da cyber punk Lisbeth Salander (Rooney Mara).

A relação que nasce posteriormente entre Mikael e Lisbeth é delicada, começando a se tornar romântica. Salander é uma mulher reclusa e que começa aos poucos a se expressar com outra pessoa, vendo que Mikael é um sujeito respeitável, ao contrário de alguns homens que já cruzaram o caminho dela.

O respeito em torno da obra original é muito presente em Os Homens que Não Amavam as Mulheres, começando pelos nomes dos personagens e locais da história mantidos, dando certa autenticidade. O famoso e intrigante crédito inicial do filme traz o “nascimento” de Lisbeth, são referências ao passado e o presente da personagem.

Com a ajuda de uma fotografia acinzentada, uma montagem movimentada e uma trilha sonora que varia entre o frenético e o calmo, o diretor David Fincher consegue dar total atmosfera e fidelidade ao clima da obra de Stieg Larsson. O maior achado do filme é caracterização de Lisbeth Salander feita por Rooney Mara, em um visual mais extravagante, mas por traz revela-se uma mulher vulnerável e de gênio forte. Mesmo não tendo uma atuação espetacular, Daniel Craig revela-se competente na caracterização do repórter abatido pelos dilemas pessoais e profissionais.

Os Homens que não Amavam as Mulheres é uma aula de como fazer um filme que respeita a riqueza de sua história. Mas, em se tratando de respeito, as mulheres da história sofrem por estarem vivendo em uma sociedade mais vulnerável ao mau-caratismo, a frieza e crueldade do sexo oposto. È "má e gelada".

Cotação: 8,5

Millennium - Os Homens que não Amavam as Mulheres (The Girl With The Dragon Tattoo, 2011)
Direção: David Fincher
Roteiro: Steven Zaillian, baseado em livro de Stieg Larsson
Elenco: Rooney Mara, Daniel Craig, Christopher Plummer, Stellan Skarsgård, Robin Wright, Steven Berkoff, Joely Richardson.

Comentários sobre o Oscar 2012

A sensação de nostalgia dominou por inteiro a cerimônia do Oscar neste ano, começando com o tradicional monologo de Billy Crystal, com sua paródia dos filmes indicados, incluindo até a maquiagem de Tintim e com uma canção improvisada por ele sobre os filmes. Enfim, uma cerimônia conduzida nos moldes da Academia.

Enquanto Crystal fazia o que esperava, moças vestidas de pipoqueiras distribuindo pipocas no intervalo para os convidados, um In Memoriam simples, mas emocionante na medida ao som de ‘What a Wonderful World’ e ainda Caco e Miss Piggy apresentando Cirque Du Soleil, que mesmo impecáveis, como sempre, o show ali ficou meio forçado, em razão de anteceder as categorias de trilha sonora e canção original, esta última muito desprezada não só pelo descaso em indicar só duas músicas, como também abolir as apresentações.

Mesmo com o ritmo ágil, sem enrolação de um prêmio a outro, apesar de toda a nostalgia forçar um pouco em vídeos de atores norte-americanos, que incluem Tom Cruise até Adam Sandler falando sobre a procura dos filmes como uma forma de lazer. Por ser com atores, o vídeo ficou artificial demais.

Sobre os prêmios, O Artista e A Invenção de Hugo Cabret dividiram prêmios, com o francês dominando as principais categorias e o filme de Martin Scorsese com as técnicas. Mesmo com vitórias agradáveis como Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Edição) e Meia-Noite em Paris (roteiro original).

Momentos marcantes neste Oscar pertencem a Meryl Streep, que assim como Ingrid Bergman e Jack Nicholson, é dona de um terceiro Oscar e Jean Dujardin, o primeiro ator francês a vencer a estatueta e esbanjando simpatia e com direito a uma dancinha de seu personagem, George Valentin, no final de seu discurso. È por esses momentos que esse Oscar merece ser lembrado.

Clique aqui para conferir a relação completa de vencedores.

Apostas para os vencedores do Oscar 2012

Neste domingo, 26 de fevereiro, acontecerá a cerimônia de entrega dos Academy Awards, o prêmio mais importante do cinema. Pela nona vez, o comediante Billy Crystal é o responsável por proporcionar bons momentos, já que sua perfomance como host é o padrão convencional da AMPAS, mas sem soar forçado, além de conseguir um bom retorno publicitário para o Oscar.

A disputa neste ano está entre A Invenção de Hugo Cabret, do norte-americano Martin Scorsese e O Artista, do francês Michel Hazanavicius. Ambos foram as produções com o maior número de nomeações, com 11 e 8, respectivamente.

Além da disputa entre duas produções que são obras consideradas uma homenagem aos tempos de ouro do cinema, a edição desse ano promete pela disputa na categoria Melhor Atriz, com Meryl Streep - a maior indicada ao prêmio, com grandes chances de vencer o seu terceiro careca (merecido há muito tempo...)

Eis as nossas apostas para os vencedores do Oscar:

Filme: O Artista
Ator: Jean Dujardin, O Artista
Atriz: Meryl Streep, A Dama de Ferro
Ator Coadjuvante: Christopher Plummer, Toda Forma de Amor
Atriz Coadjuvante: Octavia Spencer, Histórias Cruzadas
Animação: Rango
Fotografia: Emmanuel Lubezki, A Árvore da Vida
Direção de Arte: Robert Gould e Laurence Bennett, O Artista
Figurino: Michael O'Connor, Jane Eyre
Direção: Michel Hazanavicius, O Artista
Documentário: Pina
Documentário (curta-metragem): Saving Face
Edição: Anne-Sophie Bion e Michel Hazanavicius, O Artista
Filme Estrangeiro: A Separação, Irã
Maquiagem: Mark Coulier e J. Roy Helland, A Dama de Ferro
Trilha Sonora: Ludovic Bource, O Artista
Canção Original: "Real in Rio", Rio
Animação (curta-metragem): Wild Life
Curta-metragem: The Shore
Edição de Som: A Invenção de Hugo Cabret
Mixagem de Som: A Invenção de Hugo Cabret
Efeitos Visuais: Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
Roteiro Adaptado: Alexander Payne, Nat Faxon e Jim Rash, Os Descendentes
Roteiro Original: Woody Allen, Meia-Noite em Paris


No Brasil, a transmissão na íntegra do Oscar desde o pré-show será exibido no canal por assinatura TNT a partir das 20h30.

Os filmes mais esperados de 2012

Mais um ano começa e a expectativa a novos filmes começa. A lista abaixo mostra filmes de gêneros distinos, que podem causar certa simpatia, mesmo não tendo conferido a produção. Eis alguns filmes com estreia prevista para o ano de 2012:

Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios, de Beto Brant e Renato Ciasca

Este filme nacional baseado no livro de mesmo nome escrito por Marçal Aquino fez sucesso em muitos festivais de cinema, como o Festival do Rio e a Mostra de São Paulo de 2011, mas a sua estreia foi jogada para março de 2012. A premissa se passa no interior da Amazônia sobre um triângulo amoroso que envolve uma ex-prostituta, seu esposo pastor e um fotografo.

Take This Waltz, de Sarah Polley

Segunda aventura da atriz Sarah Polley na direção, depois de cinco anos depois do belo Longe Dela. Neste, o clima aparenta-se ser mais leve, mas ao mesmo tempo é dramático e toca-se na questão de conflitos amorosos. Encabeçam o elenco Michelle Williams e Seth Rogen.

The Deep Blue Sea, de Terence Davies

Baseado em uma peça de Terence Rattigan, recebe sua segunda adaptação ao cinema (a primeira estrelada por Vivien Leigh). Rachel Weisz encabeça o elenco de um romance sobre uma esposa suicida de um juiz que começa uma relação com um piloto da Força Aérea Britânica.

O Espetacular Homem-Aranha, de Marc Webb

Confesso que não sou tão admiradora do herói aracnídeo, achando as adaptações cinematográficas meio superestimadas (exceto o segundo filme, que é bem divertido). O maior motivo da espera por esse filme é a reformulação que o herói recebeu: sai Tobey Maguire e entra Andrew Garfield, grata surpresa de A Rede Social, além de ser dirigido por Marc Webb, o mesmo de (500) Dias com Ela. Pode sair algo bom dai...

Anna Karenina, de Joe Wright

Depois de dirigir o moderno (e eficiente) Hanna, o diretor Joe Wright volta aos filmes de época com adaptação das obras mais conceituadas de Leon Tolstói. A história já teve outras adaptações cinematográficas, incluíndo uma em 1935 com Greta Garbo no papel-título. Nesta nova versão, Keira Knightley é quem interpretará a personagem.

Moonrise Kingdom, de Wes Anderson

Eis um filme que valerá a pena conferir pelos nomes que estão no elenco: Bill Murray, Frances McDormand, Tilda Swinton, Bruce Willis e Edward Norton vestido de escoteiro. Só por isso é bom ficar de olho no filme.

Gangster Squad, de Ruben Fleischer

Filme de máfia passando-se numa Los Angeles em plena década de 1940 sobre Mickey Cohen, que tinha o controle de boa parte da cidade. Sean Penn interpreta Cohen, além de ter no cast Ryan Gosling, Josh Brolin, Nick Nolte e Emma Stone.

Lincoln, de Steven Spielberg

Steven Spielberg volta ao cinema com a cinebio de Abraham Lincoln, mostrando os conflitos que em enfrentou na guerra civil norte-americana, época que ele lutava pela paz e abolição da escravidão. Daniel Day-Lewis dá vida a Lincoln. Oscar à vista?

Great Hope Springs, de David Frankel

Meryl Streep, Tommy Lee Jones e Steve Carell estrelam esta comédia dramática sobre um casal que estão juntos há 30 anos, que decide participar de um final de semana intensivo de terapia de casal para decidir o destino de seu matrimônio.

The Burial, de Terrence Malick

Após finalizar A Árvore da Vida, Terrence Malick virou um workaholic, com três produções bem encaminhadas, mas claro, ninguém tem-se ideia exatamente da premissa desses filme. The Burial é um deles, só sabemos dos nomes envolvidos que vão de Ben Affleck, Rachel McAdams, Jessica Chastain, Javier Bardem e Rachel Weisz.

On the Road, de Walter Salles

Filme lembrado no preview de 2011, mas foi adiado para 2012. O novo projeto internacional do cineasta brasilero é adaptado de um livro da contracultura escrito por Jack Kerouac, um filme passado na estrada sobre auto-conhecimento.

Django Unchained, de Quentin Tarantino

Quentin Tarantino se aventurando num western spaghetti. Só por isso já vale a pena esperar...

Nero Fiddled, de Woody Allen

È... Não vai ser desta vez que Woody Allen voltará a filmar em Nova York. Ele foi se inspirar desta vez em Roma. Também não se sabe muito da premissa, só que é baseado livremente nas novelas Decamerão.

Brave, de Mark Andrews e Brenda Chapman

A Pixar está de volta depois de duas sequências e não marcar presença no Oscar 2012, mas desta vez com uma história original promete encantar gerações, ainda mais por ser a primeira princesa made in Pixar.

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, de Christopher Nolan

Conclusão da trilogia do homem morcego, que conseguiu ganhar fôlego nas mãos de Christopher Nolan, por conseguir ser um entretenimento inteligente. Esperamos uma surpresa por parte dos realizadores, mas algo que dê um choque positivo aos fãs e admiradores não-fervorosos do herói.

Considerando as indicações aos Academy Awards 2012

Hoje de manhã no horário de Brasília, a indicada ao Oscar de atriz em 2011 Jennifer Lawrence, juntamente com o presidente da AMPAS Tom Sherak anunciaram a lista com os indicados ao prêmio máximo do cinema. O amor ao antigo cinema confirmou com o número de indicações recebidas por A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese e o filme mudo O Artista, campeões de indicações com 11 e 10, respectivamente.

Muitas surpresas positivas e negativas surgiram na lista, como a indicação de somente 9 filmes ao invés do habitual 10 ou 5, em razão da mudança de regras da Academia em que só podiam ser indicados filmes que tivessem no mínimo 5% dos votos na primeira posição. Enquanto era esperado a indicação dos filmes mencionados, filmes como A Árvore da Vida (favorito de alguns prêmios da crítica) e Tão Forte e Tão Perto, do queridinho da Academia Stephen Daldry (esquecido e recebendo críticas bem mistas) foram as maiores surpresas.

A categoria de direção, a surpresa positiva fica por conta da indicação merecida de Terrence Malick, na disputa ao lado de colegas como Woody Allen e Martin Scorsese. Outras surpresas estão nas categorias de ator, com Michael Fassbender e Leonardo DiCaprio preteridos por Gary Oldman e Demián Bichir (este por um filme chamado A Better Life dirigido por Chris Weitz); e animação, em que As Aventuras de Tintim fora esquecido para abrir espaço para duas animações estrangeiras, podendo ser um elemento positivo para incentivar a procura por filmes desconhecidos do público.

Já o Brasil está representado no Oscar na categoria canção original, com 'Real in Rio' de autoria de Carlinhos Brown e Sergio Mendes para animação Rio. O maior problema da categoria é o desprezo recebido por só indicar duas canções (a outra é 'Man or Muppet' dos Muppets). Isso é sinal de que a categoria pode deixar de existir?

Com apresentação do divertido Billy Crystal (substituíndo Eddie Murphy), os vencedores do Oscar serão conhecidos no dia 26 de fevereiro. Para conferir a lista completa de indicados, clique aqui

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P.S.: Como habitual por aqui, além do Oscar, também comentamos os indicados ao Razzies, mas na véspera do anúncio que seria no dia 23/01 os organizadores anunciaram que os indicados só serão divulgados no dia 25 de fevereiro, um dia antes da cerimônia dos Oscars, com os perde... ops! vencedores, conhecidos em 1º de Abril. Será?