domingo, 28 de fevereiro de 2010

Um Olhar do Paraíso


O cineasta neozelandês Peter Jackson "balançou" a indústria cinematográfica com a adaptação do livro de J.R.R. Tolkien, que rendeu a trilogia O Senhor dos Anéis, que no total faturou vários prêmios e milhões de dólares. Mas, antes da super-produção, Jackson começou sua carreira em filmes mais modestos como Almas Gêmeas, estrelado por Kate Winslet. Agora, Peter Jackson volta as telas com o que parecemos ser um filme modesto de começo de carreira de Jackson, Um Olhar do Paraíso.

Adaptação do livro Uma Vida Interrompida – Memórias de um Anjo Assassinado, da americana Alice Sebold, a história passa-se em 1973 e é narrado pela jovem Susie Salmon (Saoirse Ronan, confirmando a competência que mostrou em Desejo e Reparação), de 14 anos, uma filha que dá muito orgulho a seus pais Jack (Mark Wahlberg, em uma atuação normal, em comparando com seus trabalhos anteriores) e Abigail (uma deslocada e apagada Rachel Weisz) . Ela informa ao espectador que foi assassinada por um vizinho, George Harvey (Stanley Tucci, em uma interpretação sombria e ao mesmo tempo caricata) e parte para o céu, onde observa as pessoas que ama e o próprio assassino tocando suas vidas após sua partida.

O livro de Alice Sebold é conhecido pela densidade em contar uma história forte, o que acabou faltando neste produção de Peter Jackson. A película tem um primeiro ato perfeito e envolvente, mas ele perde-se por causa de alguns furinhos do roteiro, não posso dizer se é do próprio livro. O famoso paraíso tem seus momentos, com os bons efeitos, mas também acabe perdendo o foco em algumas partes. O elenco destaca-se as atuações de Saoirse, Tucci e de Rose McIver, intérprete da irmã da protagonista. E a direção de arte e fotografia do filme (não a do paraíso), além da trilha sonora de Brian Eno, que tem seus momentos também.

Um Olhar do Paraíso tinha tudo para ser um filme marcante, mas tem falhas muito visíveis, mas não é um desastre por completo, mas é o menorzinho da carreira de Peter Jackson. E, esperamos que recupere-se com a adaptação do desenho animado criado por Hergé, As Aventuras de Tintin, previsto para 2011.

Cotação: 6,5

Título Original: The Lovely Bones
País de Origem/Ano de Produção: EUA/Nova Zelândia, 2009
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens e Peter Jackson, baseado em livro de Alice Sebold
Elenco: Saoirse Ronan, Mark Wahlberg, Stanley Tucci, Rachel Weisz, Susan Sarandon, Rose McIver, Reece Ritchie, Nikki SooHoo, Michael Imperioli, Thomas McCarthy.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Melhores de 2009 - Som/Mixagem


Avatar

Mais uma vez, vemos a película de James Cameron presente em uma categoria técnica. Mas parece unanimidade isso e não é a toa. E a parte sonora não fica atrás, por conseguir muito bem deixar o espectador vibrando na cadeira, principalmente nas grandes cenas com o mundo dos Na'Vi. Realmente, é um trabalho para tirar o chapéu.


Star Trek

Outro exemplo de parte técnica excepcional é a de Star Trek. A nova roupagem da franquia por J.J. Abrams tem uma parte sonora muito bem encaixada aos efeitos, que tem papel fundamental na apresentação da "nova" U.S.S. Enterprise. È o que precisa para ser um blockbuster honesto: uma ótima técnica e história.


Up - Altas Aventuras

A Pixar é sinônimo de qualidade em histórias e em parte técnica. São muito competentes, sem deixar a sensibilidade de lado. E um dos pontos de destaque do filme é a sua parte sonora, que mostra o que Wall-E acabou tendo: uma espetacular parte sonora para uma animação. Um belo trabalho do gênero.


Quem Quer Ser um Milionário?

A película ganhou o Oscar do gênero, apesar de não ser melhor do que alguns merecedores da lista, mas realmente merece ser lembrado por encaixar-se muito bem no clima contagiante e sofrido do protagonista, e a sua mistura com a trilha também merece destaque, apesar de gostar mais do trabalho das canções, em se tratando do último item.


Uma Noite no Museu 2

Por assim dizer, a presença de Uma Noite no Museu 2 vai ter um pouco de polêmica por aqui (a blogueira que vos fala não assistiu Distrito 9, nem 2012), mas vamos admitir que a comédia-aventura tem um ótimo trabalho técnico. E a sonora é bem presente nela, o que podemos, pelo menos reconhecer um pouco, apesar de ser o mais fraco da lista.


2008: Batman - O Cavaleiro das Trevas

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Amor sem Escalas


"A semana inteira você batalhou, entretendo importantes clientes em potencial em franquias de frutos do mar e dirigindo um Dodge Intrepid alugado por ruas estranhas que nada tinham a ver com as marcações no seu mapa. Você deu o melhor de si e, pelo menos uma vez na vida, o melhor de si foi suficiente para aplacar um chefe que teme perder o próprio emprego. Você guardou a gravata na mala de mão, desabotoou o colarinho e afrouxou o cinto um furo ou dois - para poder respirar. Porque respirar pode ser um luxo de vez em quando." Este pequeno dialogo é pertencente ao livro Up in the Air, escrito pelo crítico literário Walter Kirn, que inspirou o terceiro filme dirigido pelo cineasta canadense Jason Reitman, Amor sem Escalas.

George Clooney, que caiu como uma luva para o papel, é Ryan Bingham. Ele é um executivo que não constituiu uma família e sempre passa boa parte do tempo dentro de aeroportos e aviões. Sua função é das mais ingratas: demitir pessoas para cortar custos de empresas. Essa sua rotina que podemos considerar de monótona acaba mudando quando entra em seu caminho Natalie Keener (Anna Kendrick, ótima no papel), uma jovem que tenta levar uma ideia adiante: demitir funcionários através de videoconferência e Alex Goran (Vera Farmiga, também ótima), uma executiva que tem o mesmo estilo de Ryan.

O que deixa Amor sem Escalas irresistível é a sua sinceridade, ou seja, um caminho de auto-conhecimento de uma pessoa que tem uma rotina sem surpresas, mas fugindo desta premissa de ser um filme de alta-ajuda e o roteiro de co-autoria de Reitman ganha bons créditos por isso, além do trio principal, em atuações poderosas. Vale também destacar a direção de Jason Reitman, que antes só tinha dirigido Juno e Obrigado por Fumar, seguro e maduro.

Amor sem Escalas está bem longe de ser uma comédia romântica, como vendeu seu título nacional, é uma história humana, sobre pessoas. E mostra como certas decisões podem mudar a vida de alguém num certo momento de si próprio, independente de que. Recomendadíssimo.

Cotação: 9,5

Título Original: Up in the Air
País de Origem/Ano de Produção: EUA, 2009
Direção: Jason Reitman
Roteiro: Jason Reitman e Sheldon Turner, baseado em livro de Walter Kirn
Elenco: George Clooney, Vera Farmiga, Anna Kendrick, Jason Bateman, Melanie Lynskey, J.K. Simmons, Danny McBride, Zach Galifianakis, Chris Lowell, Sam Elliott.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Melhores de 2009 - Efeitos Visuais


Avatar

James Cameron é um dos cineastas que conseguem muito bem trabalhar com efeitos visuais e superou-se com Avatar. Graças aos efeitos, a película torna-se a experiência mágica que é comentada no mundo cinematográfico. Um exemplo é a atuação dos atores com o uso de captura de movimentos, e desde a terra de Pandora até a tribo dos Na'vi é de um perfeito trabalho que merece todos os méritos que recebeu.



Star Trek

Star Trek foi uma grata surpresa, por atrair também os não admiradores da série de ficção científica. E os efeitos visuais deste viraram uma das peças fundamentais para esse sucesso. Das cenas com a nave U.S.S. Enterprise e outras grandes tomadas são exemplo de trabalho bem feito por parte da técnica, parte integrante da competência da equipe do diretor J.J. Abrams.


O Curioso Caso de Benjamin Button

Realmente é de tirar o chapéu a parte técnica de O Curioso Caso de Benjamin Button. Por incrível que pareça, os efeitos são presentes para contribuir com a mudança de tempo do personagem principal, mostra geração em geração e também ajuda a contar uma história mágica e que merece ser lembrado.

2008: Batman - O Cavaleiro das Trevas

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Coraline e o Mundo Secreto


O autor e cartunista inglês Neil Gaiman tem como referências mais impotantes de sua carreira obras como Sandman, Beowulf e Stardust, com estes dois últimos já terem uma adaptação cinematográfica, além de já ter escrevido para a Marvel Comics. Mas, aqui temos um de seus trabalhos mais importantes ganhando vida na animação Coraline e o Mundo Secreto.

A Coraline do título é uma garota em torno dos 11 anos de idade e, além de lidar com os conflitos de sua idade, também lida com a questão de seus pais de serem "workaholics". Eles se mudam para uma mansão, onde também encontram alguns inquilinos. Como Coraline sente-se entediada e seus pais não dão atenção, ela acaba explorando cómodos da casa onde encontra uma portinha que a leva a um local paralelo em que encontra versões diferentes de seus pais, presentes e com olhos de botão (!).

O que diferencia Coraline e o Mundo Secreto de algumas animações recentes como Up - Altas Aventuras e Bolt - Supercão é a sua história, que por muitas vezes para o mais menores pode causar aquele medo. O clima acaba fazendo vir em mente animações em stop motion como A Noiva Cadáver, de Tim Burton e O Estranho Mundo de Jack, de Henry Selick, este último responsável por Coraline, onde acaba vindo muito a favor dela. Além do bem feito stop motion, também podemos destacar a boa trilha de Bruno Coulais, perfeita para o clima da história.

Coraline e o Mundo Secreto é uma animação com uma técnica impecável e dialogos afinados com o tema. Ele pode ter um clima meio adulto para uma animação, mas admitimos que agrada ambos os lados, por seu lado meio sombrio e cumpre seu papel de entreter. Envolvente e agradável, vale a pena a mágica experiência.

Cotação: 8,0

Título Original: Coraline
País de Origem/Ano de Produção: EUA, 2009
Direção: Henry Selick
Roteiro: Henry Selick, baseado em livro de Neil Gaiman
Elenco (vozes): Dakota Fanning, Teri Hatcher, Jennifer Saunders, Dawn French, Keith David, John Hodgman, Robert Bailey Jr., Ian McShane.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

The best of 2009, by Apaixonada por Cinema


Infelizmente, com esta correria de começo de faculdade e todos os preparativos, tivemos o atraso no começo de nossa segunda edição de nossa "pequena" premiação, que já chega em nossa segunda edição. Serão considerados título lançados em circuito comercial no ano de 2009. Filmes lançados no telão e até os em DVD podem ser considerados na premiação. Então, aguardem os próximos dias para a seleção de nossos favoritos do ano que passou.

Se quiser ver (ou rever) o top 10 de melhores de 2008, clique aqui.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Se Beber, Não Case!


Virou praxe no cinema serem concebidos filmes na cidade de Las Vegas, localizada no estado de Nevada, EUA. Principalmente em comédias, onde a expressão "o que acontece em Vegas, fica em Vegas" marcou, por incrível que parece um dos significados de uma sociedade americana com seus atos em um certo lugar, principalmente em se tratando de ressacas. Um bom exemplo de películas desta tematica é visto em Se Beber, Não Case!

Doug (Justin Bartha) está para se casar e, claro, não pode faltar a despedida de solteiro, organizado pelos amigos deste, Phil (Bradley Cooper) e Stu (Ed Helms) e seu futuro cunhado, Alan (Zach Galifianakis). Las Vegas é o intinerário do quarteto, onde, claro, viverão uma noite badalada, com direito a muito coquetel e cassinos. Mas, na manhã seguinte, sem lembrarem de nada, onde dão de cara com um tigre, um bebê, um deles sem um dente e, para piorar, o noivo desaparece.

Uma premissa com essa pode ter passado batida, se não fosse por algumas sacadas que o filme apresenta, como por exemplo na busca implacável dos três amigos ao noivo perdido, nos imprevistos pelo caminho. Ao contrário de alguns filmes do gênero, que soam sem graça, em Se Beber, Não Case! isso não acontece. São momentos que quando você está prestes a "acalmar os nervos" depois de uma cena, você acaba voltando a dar risadas, um elemento fundamental para um filme de comédia.

Se Beber, Não Case! pode não ser aquelas comédias que vimos antigamente, mas ele cumpre o que promete: uma diversão descompromissada para um dia ou semana exaustiva, por que, de vez em quando, precisamos de filmes como este para "quebrar o gelo". Esta é uma das propostas que o cinema oferece ao telespectador.

Cotação: 8,0

Título Original: The Hangover
País de Origem/Ano de Produção: EUA, 2009
Direção: Todd Phillips
Roteiro: Jon Lucas e Scott Moore
Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha, Heather Graham, Jeffrey Tambor, Mike Tyson.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Bolt - Supercão


A produtora Walt Disney Pictures lançava muitos filmes de animação que marcaram certa geração, exemplos vem como A Bela e a Fera, O Rei Leão, Pocahontas, Tarzan, etc. Mas seu "status" confirmou-se, graças a competente Pixar Animation Studios, com sua bela obra de arte chamada Toy Story, que foi o primeiro filme feito com animação digital. Com os tempos passados, a Disney não conseguiu emplacar alguma animação de sucesso e resolveu abrir um estudio, para não ficar na "sombra" da Pixar, com o presidente deste, John Lasseter assumindo o cargo de diretor-geral. E, com sua supervisão, conceberam Bolt - Supercão.

O título refere-se a um cão, uma estrela de um seriado de ação, onde seu personagem tem superpoderes e vive muitas aventuras perigosas com uma garotinha chamada Penny. Mas Bolt pensa que é um supercão, já que desde pequeno foi criado em estudios. Depois de um descuido, Bolt acaba escapando, dando a volta pela América e indo parar em Nova York, onde conhece a gata Mittens e o hamister Rhino, que o ajudarão a voltar para Los Angeles e encontrar Penny.

A animação tem muitos pontos a favor, como misturar com bom humor realidade x ficção e apresenta personagens que acabam até ofuscando o nosso herói Bolt, como os já mencionados Rhino e Mittens. A parte técnica também é de destacar, assim como a canção "I Thought I Lost You" tocada nos créditos finais.

Bolt - Supercão é, além de uma gostosa diversão, é também uma animação muito acima da média que diverte gerações e brinca muito bem uma outra premissa que vem sendo usada muito no cinema e, mostra uma produtora que ainda pode ter folego para realizar novos clássicos e marcar infâncias.

Cotação: 8,5

Título Original: Bolt
País de Origem/Ano de Produção: EUA, 2008
Direção: Byron Howard e Chris Williams
Roteiro: Dan Fogelman e Chris Williams
Elenco (vozes): John Travolta, Miley Cyrus, Susie Essman, Greg Germann, Malcolm McDowell, Mark Walton, James Lipton.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Filmes vistos no mês de Janeiro (2010)



As Horas, de Stephen Daldry (The Hours, 2002)*
Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino (Inglourious Basterds, 2009)


À Deriva, de Heitor Dhalia (À Deriva, 2009)
Beijos e Tiros, de Shane Black (Kiss Kiss, Bang Bang, 2005)
Bolt - Supercão, de Byron Howard & Chris Williams (Bolt, 2008)
Coraline e o Mundo Secreto, de Henry Selick (Coraline, 2009)
Era uma Vez..., de Breno Silveira (Era uma Vez..., 2008)
Se Beber, Não Case!, de Todd Phillips (The Hangover, 2009)


Um Ato de Liberdade, de Edward Zwick (Defiance, 2008)


Noivas em Guerra, de Gary Winick (Bride Wars, 2009)
O Amante, de Richard Eyre (The Other Man, 2008)
Se Eu Fosse Você 2, de Daniel Filho (Se Eu Fosse Você 2, 2009)


Total: 12 filmes no mês
Revistos: 1 (*)
Vistos no telão: 1