segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Onda


No excepcional francês Entre os Muros da Escola é mostrado as dificuldades de um professor em poder fazer seu trabalho e conquistar seus alunos. A Onda, uma produção alemã retrata com certa tensidade a relação da influência do educador com jovens através de táticas usadas na época do Nazismo.

Baseado no livro de Todd Strasser retratando uma historia real ocorrido na Califórnia em 1967 e transferido para a Alemanha atual. O professor de temperamento forte Rainer Wenger (Jürgen Vogel, em uma notável atuação) leciona as matérias de educação física e ciências sociais, com este último para aulas de férias envolvendo aulas práticas de autocracia. Para fugir um pouco da teoria, Wenger resolve diferenciar as aulas e propõe a criação de um grupo intitulado "A Onda".

Com o nascimento deste grupo, testemunhamos o envolvimento dos alunos com relação a matéria, além do fortalecimento da união entre eles, também o comportamento e costumes de cada um começou a mudar drasticamente, como criarem um símbolo em formato de pichação e até todos começarem a se vestir de branco.

Em A Onda, a ideologia do nazismo é mostrado com clareza. A influência da matéria em jovens que antes não tinham o mínimo de interesse no assunto, os excluídos conseguiam conquistar amigos, mas não imaginavam como esse tipo de atitude poderia ir mais longe. Um exemplo de mudança drástica é vista no personagem Tim (Frederick Lau).

A Onda é um surpreendente retrato sobre comportamento humano, em que o cérebro é como uma esponja com relação a palavras, manipulação e ações humanos. Jovens ou maduros, todos devem ter cuidado e responsável pelos seus atos, especialmente em sociedade para não causar um duro arrependimento depois.

Cotação: 9,0

A Onda (Die Welle, 2008)
Direção: Dennis Gansel
Roteiro: Dennis Gansel e Peter Thorwarth, baseado em livro de Todd Strasser
Elenco: Jurgen Vogel, Frederick Lau, Max Riemelt, Jennifer Ulrich, Christiane Paul, Jacob Matschenz, Cristina do Rego, Elyas M’Barek, Maximilian Vollmar.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A Partida


A Partida é uma daquelas películas que teriam um destino nada bom se não fosse por sua consagração nas premiações, principalmente com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Mas todo esse reconhecimento não é a toa, porque A Partida é uma produção pequena, mas muito sutil e bela.

O filme acompanha Dalgo (Masahiro Motoki), um violoncelista que acaba se endividando depois de comprar um instrumento caro. Desempregado após sua orquestra ser dissolvida, ele decide voltar até sua cidade natal juntamente com sua esposa, Mika (Ryoko Hirosue). Ele se depara com o anúncio de um emprego que está intitulado "partidas", pensando-se que fosse relacionado a viagens. Depois de candidatar-se no cargo, ele descobre que as viagens tem relação com a morte, ou seja, em negócios funerários.

Em uma produção do Japão, onde o gênero de terror é mais conhecido mundialmente, em A Partida temos uma grata surpresa em ver como usa a sensibilidade em contar sobre seus costumes, o comportamento humano, como na questão da aceitação do novo emprego de Dalgo, principalmente por parte da prestativa esposa que demora a descobrir. Outro destaque da produção é a importância da bela trilha sonora composta por Joe Hisaishi em cenas bem filmadas, como Dalgo expressando-se através de seu violoncelo em um campo.

A Partida é uma daquelas produções que além de apresentar um pouco da cultura japonesa, também toca no sensível e na delicadeza no equilíbrio entre vida e morte, descobertas e reflexão sobre vidas que já foram e valores até sobre nossas vidas. Uma soberba surpresa!

Cotação: 9,5

A Partida (Okuribito, 2008)
Direção: Yojiro Takita
Roteiro: Kundo Koyama
Elenco: Masahiro Motoki, Ryoko Hirosue, Tsutomu Yamazaki, Kazuko Yoshiyuki, Kimiko Yo, Takashi Sasano, Tetta Sugimoto, Tôru Minegishi, Tatsuo Yamada.

domingo, 19 de setembro de 2010

Deixa Ela Entrar


A onda vampiresca está alta atualmente. Exemplos como a Saga Crepúsculo e a série True Blood são mais visíveis. Mas a produção sueca Deixa Ela Entrar diferencia dessas produções mencionadas e até de outros filmes do gênero por tocar no sentimento infantil de amizade e medo, sem soar batido ou piegas.

No surbúrbio de Estocolmo, vive Oskar (Kåre Hedebrant), um solitário garoto de 12 anos que sofre constantemente de bullying por parte de seus colegas e não tem muita afinidade com seus pais divorciados. Em uma certa noite, ele conhece Eli (Lina Leandersson) - sua nova vizinha que vive com o pai - em meio a uma onda de misteriosos crimes ocorrendo em sua cidade.

Aqui já é bastante visível o segredo da menina Eli e de seu pai. Diferentemente de outras produções do gênero, a sutileza está bastante presente, ou seja, trabalha bastante com a dramaticidade, sem deixar o suspense de lado, mas o que conquista é a relação de afeto que inicia entre Oskar e Eli, muito bem representado pelo casal infantil.

Deixa Ela Entrar pode ser considerado uma grata surpresa por se diferenciar dos outros filmes de vampiro, mas sim, como uma produção sobre amizade, sentimentos, afeto e amor entre duas pessoas que estão se encontrando em situações difíceis. Um prato cheio.

Cotação: 9,0

Deixa Ela Entrar (Låt Den Rätte Komma In, 2008)
Direção: Tomas Alfredson
Roteiro: John Ajvide Lindqvist, baseado em livro de sua autoria
Elenco: Kåre Hedebrant, Lina Leandersson, Per Ragnar, Henrik Dahl, Karin Bergquist, Peter Carlberg, Ike Nord, Mikael Rahm.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Brilho de Uma Paixão


"Estrela Cintilante, que eu estava inabalável como tu. Não está em esplendor solitário pendurado no alto da noite." - John Keats

O poeta inglês John Keats ficou órfão novo e formou-se em farmácia. Largou a Medicina depois de descobrir seus dotes para a escrita e publicou uma longa poesia intitulada "Endymion" em 1818, muito criticado. E na época da publicação, ele conhece uma moça chamada Fanny Brawne. E a relação do dois é mostrado pela cineasta neo-zelandesa Jane Campion em Brilho de Uma Paixão.

Keats (Ben Whishaw) e Fanny (Abbie Cornish) eram pessoas distintas: ele ainda tentava o reconhecimento e ela era uma jovem que criava seus próprios vestimentos. Keats morava com o amigo Mr.Brown (Paul Schneider) em cômodos pertencentes a família Brawne. Com o tempo, John e Fanny começaram a ter uma relação cordial que acabou se transformando em uma história de amor.

Apesar de ser baseado na história do poeta, Brilho de Uma Paixão assemelha-se as histórias da escritora Jane Austen por seguir o gênero, principalmente com o cuidado em cada detalhe técnico, principalmente no movimento das cortinas. Podemos dizer que o toque feminino da diretora de O Piano merece elogios, assim como as atuações notáveis de Ben Whishaw, Abbie Cornish e Paul Schneider.

Brilho de Uma Paixão segue a linha dos filmes do gênero: uma bela literatura sendo tratada na tela, com uma parte técnica apurada e também faz com que crie no espectador mais curiosidades sobre o trabalho de John Keats, que virou um dos ícones do Romantismo Inglês. Para admiradores de um bom romance de época, é um prato cheio.

Cotação: 8,5

Brilho de Uma Paixão (Bright Star, 2009)
Direção: Jane Campion
Roteiro: Jane Campion, baseada em biografia de Andrew Motion
Elenco: Abbie Cornish, Ben Whishaw, Paul Schneider, Kerry Fox, Thomas Sangster.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Nine


Inspirado no filme 8 ½, de Frederico Fellini e na peça da Broadway de mesmo nome ganhador de cinco prêmios Tony, Nine era uma produção de grande expectativa, pela questão do elenco e, principalmente, da equipe envolvida que incluia a mesma de outro musical, Chicago. Mas, ao contrário da produção de 2002, a nova investida de Rob Marshall acabou sendo uma produção sem brilho.

Guido Contini (Daniel Day-Lewis, muito sem-graça no papel), um cineasta italiano, está passando por falta de inspiração para sua nova produção. Além desse bloqueio criativo, ele tenta um certo equilíbrio entre as mulheres pertencentes ao seu cotidiano: Luisa (Marion Cotillard, a melhor do elenco), sua esposa; Carla (Penélope Cruz), sua amante; Claudia (Nicole Kidman); sua atriz inspiradora; Lilli (Judi Dench), sua figurinista e confidente e Stephanie (Kate Hudson), que fala sobre seus filmes. E também lembranças de sua mãe (Sophia Loren) e de Saraghina (a cantora Fergie), uma prostituta que conheceu em sua infância.

Um dos primeiros problemas de Nine é seu roteiro, que sucumbe a bagunça e a alegoria, que tentam ser disfarçados com uma parte técnica que tem poucos méritos, como os figurinos. Outro problema é a direção de Rob Marshall, que acaba se preocupando com as coreografias e o glamour e esquecendo da emoção. As canções estão bem interpretadas e bem coreografadas, mas algumas chegam a deixar a projeção meio monótona. Destaque mesmo fica com "My Husband Makes Movies", interpretada com graça pela francesa Marion Cotillard.

Nine tinha tudo para ser um musical contagiante, com o espectador tentando dançar as coreografias, mas acabou sendo uma produção desperdiçando um bom elenco e somente belo visualmente. Uma pena, já que a produção tinha potencial para entrar no hall do gênero.

Cotação: 4,0

Nine (idem, 2009)
Direção: Rob Marshall
Roteiro: Michael Tolkin e Anthony Minghella, baseado em musical de Arthur Kopit e Maury Weston
Elenco: Daniel Day-Lewis, Marion Cotillard, Penélope Cruz, Judi Dench, Fergie, Kate Hudson, Nicole Kidman, Sophia Loren.

domingo, 12 de setembro de 2010

Sherlock Holmes


Em 1887, o médico e escritor britânico Arthur Conan Doyle lançava um romance intitulado Um Estudo em Vermelho, que introduzia a história do detetive Sherlock Holmes, conhecido por sua lógica dedutiva e sempre tinha a ajuda de seu amigo e companheiro de aventuras Dr. John Watson. Os personagens já apareceram em quatro romances, cinco contos, dez séries de televisão e quatro filmes, incluíndo uma versão dirigida pelo conterrâneo Guy Ritchie.

Holmes (Robert Downey Jr.), além da lógica, ele também usa seus dotes físicos para resolver seus casos. A sua relação com Watson (Jude Law) está meio abalada por que seu amigo está prestes a se casar e abandonar o mundo investigativo. Em um último caso, a dupla tenta resolver uma onda de assassinatos envolvendo Lorde Blackwood (Mark Strong, especializando-se em papéis de vilão) - que foi condenado a forca - mas ainda aterroriza Londres depois de morto.

Podemos dizer que Sherlock Holmes é uma produção ousada, pela questão do status que o personagem tem com a literatura e pela fisionomia de seu protagonista, que ganha uma atuação divertida por parte de Robert Downey Jr.. Além dele, Jude Law também brilha como Watson, carismático e também charmoso, assim como a bela direção de arte e trilha sonora de Hans Zimmer. A direção também tem méritos por ousar na câmera lenta em certas cenas de ação. Somente o roteiro toma alguns passos bobos, mas nada que atrapalhe na diversão que o filme é.

Sherlock Holmes tem a cara de filme-pipoca, mas cumpre bem seu objetivo: descontração e diversão. Com uma técnica perfeita e uma ótima dinâmica dos protagonistas, não peca em introduzir Sherlock para a nova geração e despertar a curiosidade em encarar os livros de Arthur Conan Doyle.

Cotação: 7,5

Sherlock Holmes (idem, 2009)
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Michael Robert Johnson, Anthony Peckham e Simon Kinberg, baseado em história de Lionel Wigram e Michael Robert Johnson e nos personagens criados por Arthur Conan Doyle
Elenco: Robert Downey Jr., Jude Law, Rachel McAdams, Mark Strong, Eddie Marsan, Kelly Reilly, Robert Maillet, Geraldine James.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Nova York, Eu Te Amo


Nova York é uma cidade que encanta, não só pelo charme, mas também pela mistura de culturas presentes em transformá-la em uma cosmopolita e desejo para muitos. E assim como São Paulo ou alguma cidade grande, as pessoas mostram um ar de solidão pela questão da correria. E é sobre pessoas que a narrativa de Nova York, Eu Te Amo focaliza.

A segunda parte da franquia iniciada com Paris, Eu Te Amo, segue a mesma linha da película parisiense com dez diretores retratando hábitos e pessoas em cantos diferentes da cidade e que tenha o amor como pano de fundo. Aqui, existem várias histórias que vão da dusputa por um taxi, do flerte na rua, a relação de pai e filha, casais em relações que duram uma noite, amores jovens e de terceira idade, entre outros.

Nova York, Eu Te Amo ganha méritos por diferenciar de sua irmã francesa e não apresentar irregularidade, isso graças a montagem que deixa as histórias completamente interligadas entre si. Os destaques ficam por conta de curtas simplistas como o de Natalie Portman (como diretora e roteirista) sobre a relação de um latino com sua filha, o relacionamento de anos de um casal de idosos, por Joshua Marston e do dirigido pelo alemão Faith Akin sobre um pintor que consegue uma inspiração.

E vale a menção aos curtas de Brett Ratner, sobre um adolescente levando uma cadeirante ao baile. Yvan Attal, com Ethan Hawke lembrando semelhanças com seu personagem em Antes do Amanhecer. Mira Nair, com Natalie Portman atuando e retratando choque de culturas e Shekhar Kapur, com uma bela direção de arte e também com uma ótima atuação de Shia LaBeouf.

Nova York, Eu Te Amo, além de ser uma declaração de amor a cidade americana, é também um filme sobre pessoas e conhecimentos da rotina local e mostra uma cidade de sonhos e de uma belíssima cultura. Nova York, Nós te Amamos!

Cotação: 8,5

Nova York, Eu Te Amo (New York, I Love You, 2009)
Direção: Allen Hughes, Shunji Iwai, Joshua Marston, Wen Jiang, Brett Ratner, Mira Nair, Natalie Portman, Shekhar Kapur, Yvan Attal, Fatih Akin
Roteiro: Emmanuel Benbihy, Tristan Carné, Hall Powell, Israel Horovitz, James C. Strouse, Shunji Iwai, Israel Horovitz, Hu Hong, Yao Meng, Israel Horovitz, Joshua Marston, Alexandra Cassavetes, Stephen Winter, Jeff Nathanson, Anthony Minghella, Natalie Portman, Fatih Akin, Yvan Attal, Olivier Lécot, Suketu Mehta
Elenco: Bradley Cooper, Justin Bartha, Andy Garcia, Hayden Christensen, Rachel Bilson, Natalie Portman, Irrfan Khan, Emilie Ohana, Orlando Bloom, Christina Ricci, Maggie Q, Ethan Hawke, Anton Yelchin, James Caan, Olivia Thirlby, Blake Lively, Drea De Matteo, Julie Christie, John Hurt, Shia LaBeouf, Ugur Yucel, Taylor Geare, Carlos Acosta, Jacinda Barrett, Shu Qi, Burt Young, Chris Cooper, Robin Wright, Eva Ammuri, Eli Wallach, Cloris Leachman.

domingo, 5 de setembro de 2010

Soundtrack: Never Let Me Go


O livro Não Me Abandone Jamais, escrito pelo japonês Kazuo Ishiguro (o mesmo de Os Vestígios do Dia) é celebrado como um dos melhores livros escritos em língua inglês pela revista Time e em breve, ganhará uma versão cinematográfica com direção de Mark Romanek (de Retratos de uma Obsessão, com Robin Williams) e estrelado por Carey Mulligan e Keira Knightley. A sua trilha sonora é composta pela inglesa Rachel Portman, responsável por trilhas como Chocolate, Regras da Vida e Emma, este último venceu o Oscar da categoria.

Aqui, Never Let Me Go tem tons de melancolia e delicadeza em alguns acordes, que chega a criar identificação imediata e até imaginar como funcionará dentro da película. Os destaques ficam por conta de "The Pier", "Bumper Crop", "The Boat", "The Worst Thing I Ever Did", "We All Complete" (a melhor) e até uma canção no final chamada "Never Let Me Go".

Never Let Me Go ainda não tem previsão de estreia no Brasil, mas se quiser ficar com água na boca com a trilha, para fazer o download, clique aqui.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A Saga Crepúsculo: Eclipse


O livro Eclipse, terceiro volume da Saga Crepúsculo, pode ser considerado como o melhor da série, mesmo chegando em sua obviedade de suas edições anteriores. A sua versão cinematográfica também eleva o nível que a série já chegou, ou seja, já podemos esperar o que o filme será no decorrer dele.

Bella (Kristen Stewart) está vivendo mais um dilema. Ela retoma a relação com Edward Cullen (Robert Pattinson), inclusive até o vampiro pensar em casamento. Mas a calmaria da relação é abalada com a volta de Victoria (Bryce Dallas Howard, no lugar de Rachelle Lefevre), que está em busca de vingança, juntamente com uma onda de assassinatos misteriosos. Com isso, a família Cullen precisa unir forças com a matilha de lobisomens do lado de Jacob (Taylor Lautner).

Eclipse acaba ganhando pela cenas de ação, que ao contrário de Crepúsculo, os efeitos não soam artificiais, para compensar o roteiro. Diferente de Lua Nova, a trilha sonora composta por Howard Shore apresenta normalidade. A direção de David Slade, de MeninaMá.com também tem méritos.

Eclipse é um bom filme, que tem o mesmo nível dos anteriores e consegue passar o tempo e dá um avanço sobre a trama de Amanhecer, o último da série que será dividido em dois filmes, mesmo que todos já tenham noção do destino de todos os personagens. È um bom entretenimento, só se for desacompanhado (a).

Cotação: 7,0

A Saga Crepúsculo: Eclipse (The Twilight Saga: Eclipse, 2010)
Direção: David Slade
Roteiro: Melissa Rosenberg, baseada em livro de Stephenie Meyer
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Ashley Greene, Peter Facinelli, Elisabeth Reaser, Kellan Lutz, Nikki Reed, Jackson Rathbone, Billy Burke, Bryce Dallas Howard, Jodelle Ferland, Anna Kendrick, Dakota Fanning, Xavier Samuel.