sábado, 29 de janeiro de 2011

Os filmes mais esperados de 2011

Mais um ano começa e a expectativa em esperar belas e divertidas histórias é grande. A lista abaixo mostra filmes de gêneros distinos, com equipes e premissas que prometem, em que podem causar certa simpatia, mesmo não tendo conferido a produção. Eis alguns filmes com estreia prevista para o ano de 2011:


"One Day", de Lone Scherfig

Dirigido por Scherfig, a mesma de Educação, o filme é um drama romântico sobre duas pessoas (papeis de Anne Hathaway e Jim Sturgess) que se conhecem na própria formatura. Depois desse encontro, durante os 20 anos depois, eles se encontram no mesmo lugar e na mesma hora. O filme ainda conta com Patricia Clarkson e Romola Garai no elenco.


"Water for Elephantes", de Francis Lawrence

Baseado no ótimo livro Água para Elefantes, de Sara Gruen, o filme pode ser uma chance de ouro para Robert Pattinson, já que tem um ótimo personagem em mãos. Ele é um estudante de veteninária envolvido com um circo viajante e forma um triângulo amoroso com os personagens de Reese Witherspoon, a principal estrela do espetáculo por quem se apaixona e Christoph Waltz, um tirano treinador de animais e marido dela.


"The Other Woman", de Don Roos

Depois do reconhecimento por seu trabalho em Cisne Negro, Natalie Portman está com a agenda cheia para 2011. The Other Woman pode ganhar um destaque maior por ser o drama de uma advogada que consegue separar seu chefe casado da esposa e que precisa lidar com as consequências desse ato.


"Restless", de Gus Van Sant

Neste produção, Gus Van Sant contará um romance jovem, um momento de passagem entre dois adolescentes que tem a questão da mortalidade em comum. Pelo preview, parece que Van Sant apresenta uma produção indie profundo. Com Henry Hopper, filho do falecido ator Dennis e Mia Wasikowska, da série In Treatment.


"The Conspirator", de Robert Redford

Sumido desde Leões e Cordeiros, de 2007, Redford volta a cadeira de diretor com a história de Mary Surrat, mulher acusada de conspiração no assassinato do presidente dos EUA Abraham Lincoln, em 1865. O elenco conta com Robin Wright, James McAvoy, Evan Rachel Wood, Justin Long, Tom Wilkinson e Kevin Kline.


"Hanna", de Joe Wright

Depois de dois filmes de época e um passado nos dias atuais, o diretor Joe Wright continua procurando por novos ares, desta vez na parte da ação. Hanna é uma menina de 14 anos treinada por seu pai para ser uma assassina. Saoirse Ronan e Cate Blanchett estrelam o filme, que terá a trilha composta pelos Chemical Brothers.


"Paul", de Greg Mottola

Uma comédia de ficção científica dirigida pelo mesmo de Superbad, com a dupla de Todo Mundo Quase Morto pode criar a expectativa de um filme bom chegando. A produção acompanha uma dupla de nerds caindo na estrada em um trailer e acabam dando de cara com um extraterrestre chamado Paul.


"On the Road", de Walter Salles

O novo projeto internacional do cineasta brasilero é adaptado de um livro da contracultura escrito por Jack Kerouac, um filme passado na estrada sobre auto-conhecimento. No elenco, nomes como Kirsten Dunst, Viggo Mortensen, Amy Adams e Kristen Stewart.


"Jane Eyre", de Cary Fukunaga

Nova adaptação da história de Charlotte Brontë de uma governanta que se apaixona por seu grosseiro chefe, que esconde um sombrio segredo. No elenco: Mia Wasikowska (como a personagem-título), Michael Fassbender, Judi Dench, Jamie Bell e Sally Hawkins.


"Midnight in Paris", de Woody Allen

Parece não se saber muito sobre o filme, mas rumores dizem ser sobre uma família de férias em Paris e é de época! Mas, o elenco reune nomes como Marion Cotillard, Owen Wilson, Michael Sheen, Rachel McAdams e até participação da primeira-dama da França, Carla Bruni-Sarkozy.


"A Dangerous Method", de David Cronenberg

Baseado na peça The Talking Cure, de Christopher Hampton e acompanha a relação dos pais da psicanálise, Carl Jung (Michael Fassbender) e Sigmund Freud (Viggo Mortensen), com a russa Sabina Spielrein (Keira Knightley), uma das primeiras mulheres psicanalistas da história.


"The Tree of Life", de Terrence Malick

Brad Pitt e Sean Penn protagonizam a esperada produção que tem seu pano de fundo nos anos 1950, com um homem está aprendendo as coisas da vida. O filme seria lançado em 2010, mas parece que teve alguns problemas de distribuição, transferindo a sua estreia para esse ano.


"The Adventures of Tintin: Secret of the Unicorn", de Steven Spielberg

Adaptação do álbum O Segredo do Licorne e na série de livros do belga Hergé e nos desenhos animados, que aqui no Brasil eram exibidos na TV Cultura, promete ser a primeira parte de uma trilogia, com colaboração de Peter Jackson. Será através de omputação gráfica empregando tecnologia de captura de movimentos.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Considerando os indicados ao Academy Awards (e o Razzie também)


A vencedora do Oscar de atriz coadjuvante em 2010, Mo'nique, juntamente com Tom Sherak, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, anunciaram na manhã de terça-feira (25/01) os indicados ao prêmio máximo do cinema mundial. Apesar da previsibilidade, a surpresa fica por conta de O Discurso do Rei, liderando as nomeações, com 12, podendo criar um meio-termo de favoritismo, valendo lembrar de um caso recente: O Curioso Caso de Benjamin Button, indicado a 13 Oscars em 2009, mas só acabou faturando 3 estatuetas.

Logo depois, surpreendendo no número de indicações, está a refilmagem de Bravura Indômita, dos irmãos Joel e Ethan Coen, com 10 indicações, com destaque para Hailee Steinfeld, de 14 anos e em seu primeiro trabalho cinematográfico.

A Rede Social e A Origem foram agraciados com 8 nomeações e ficaram ausentes em categorias muito apostados, como direção (Christopher Nolan, mas indicado duplamente como produtor e roteirista) e montagem. Andrew Garfield, interprete de Eduardo Saverin, surpreendeu na sua ausência na categoria ator coadjuvante. Outras surpresas vem de Toy Story 3, indicado nas principais categorias (filme e animação), além de canção original (“We Belong Together”), John Powell com a trilha sonora de Como Treinar o Seu Dragão, a indicação de Javier Bardem na categoria melhor ator, por Biutiful e a presença do documentário Lixo Extraordinário, uma coprodução brasileira, sobre o trabalho do artista plástico Vilk Muniz. Com o Brasil de fora da categoria filme estrangeiro, podemos dizer que temos um representante.

Com apresentação de Anne Hathaway e do indicado ao Oscar 2011 de melhor ator por 127 Horas (UFA!), James Franco, os vencedores do Oscar serão conhecidos no dia 27 de fevereiro. Para conferir a lista completa de indicados, clique aqui.

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Um dia antes do anuncio do Oscar, temos os Razzies Awards, ou Framboesa de Ouro, prêmio dedicado ao que rolou de ruim no Cinema. Nos últimos anos, o prêmio acabou sendo levado ao absurdo por conta da falta de noção em algumas indicações. Mas, parece que nessa edição, a 31a, tem todos os ingredientes de disputa acirrada entre os competidores.

Os holofotes estão em A Saga Crepúsculo: Eclipse e O Último Mestre do Ar, de M. Night Shyamalan, com 9 indicações. Kristen Stewart concorre na categoria pior atriz, juntamente com Jennifer Aniston (dupla indicação), Megan Fox (nominada na edição anterior) e o quarteto de Sex and the City 2.

Outros “destaques” ficam por conta do clã Cyrus: Miley indicada por A Última Música e seu pai, Billy Ray, como ator coadjuvante por Missão Quase Impossível, estrelado por Jackie Chan. O luxo está na categoria pior atriz coadjuvante, onde estão reunidas Barbra Streisand, Cher e Liza Minnelli, além de Jessica Alba, lembrada por todos os filmes que lançou ao longo de 2010. O 3-D também foi lembrado nessa edição, com a criação de uma nova categoria: Pior 3-D de arrancar os olhos.

Os “vencedores” serão conhecidos um dia antes do Oscar, 26 de fevereiro, talvez, com a expectativa de alguém receber o prêmio com graça, assim como Sandra Bullock fez ano passado, nas vésperas de ganhar seu Oscar. Para conferir a lista do Razzie, clique aqui.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Insolação


O significado da insolação é o conjunto de sintomas que acomete uma pessoa exposta ao sol. No filme de mesmo nome, ele tenta frustradamente conquistar atenção imediata, com histórias paralelas de amor, combinada com a tal insolação.

Inspirado livremente em contos russos do século XIX e passando-se em uma Brasília castigada pelo forte calor, a narrativa acaba começando com um personagem, Andrei (Paulo José), que observa as pessoas ao redor dele, que confundem os sintomas da insolação com sentimentos amorosos.

Dentro do filme, uma premissa como essa poderia causar a sensação de um filme bem trabalhado, mas em Insolação acontece o lado inverso, com um roteiro para lá de teatral, desinteressante, não trazendo ao espectador uma identificação imediata com os personagens. Um ponto (e único) positivo é o bom uso da fotografia, mas infelizmente, não compensa o interesse em continuar a história até o fim.

Insolação é vazio, oco. Como Cinema fica teatral demais, ao mesmo tempo que sonolento. Desperdiçando um elenco com bom bons atores, ele mostra uma grande lição: nem todo roteiro com ar de teatro é um bom material para transportar na telona.

Cotação: 1,0

Insolação, 2009
Direção: Felipe Hirsch e Daniela Thomas
Roteiro: Will Eno e Sam Lipsyte
Elenco: Paulo José, Antonio Medeiros, Simone Spoladore, Leonardo Medeiros, André Frateschi, Maria Luisa Mendonça, Leandra Leal, Jorge Emil, Daniela Piepszyk, Emilio Di Biasi.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Um Homem Sério


Um Homem Sério tenta uma identificação imediata pela questão dos conflitos de um homem com relação a casamento e religião, mas um dos fatores de ele não causar isso é não segurar os dramas de seu protagonista e torná-lo cansativo. E isso é uma pena em se tratando de cineastas como Joel e Ethan Coen, conhecidos pela acidez em suas histórias.

Ambientado em 1967, acompanhamos um professor de Física – Larry Gopnik (Michael Stuhlbarg), que está em uma grande maré. Sua esposa se apaixonou por um colega seu e quer o divórcio, não tem o respeito dos dois filhos e tem um irmão com problemas mentais e dorme em seu sofá e teme em ser ou não efetivado em seu trabalho na Universidade de Midwestern.

Sentindo-se numa espécie de campo minado, Larry recorre sua religião de origem, a judaica, e pede o conselho de três rabinos e cada um dando uma orientação diferente que não ajudam muito. O roteiro define bem a importância da religião e seus costumes e atos, mas ele acaba ficando cansativo por não saber o que fazer, deixando o filme arrastado em muitos momentos.

Mesmo com estes fatores, Um Homem Sério tem suas qualidades, como o cuidado com a fotografia, elemento-chave muito bem usado nos filmes dos irmãos Coen e a ótima atuação de Michael Stuhlbarg, simples e causando simpatia imediata.

Um Homem Sério é raso, tem as suas intenções e um início promissor, mas chega a ficar cansativo a ponto de chamar o relógio para acompanhar a sessão. Uma pena, já que se tratando dos Coen, poderia sair um filme inesquecível.

Cotação: 5,5

Um Homem Sério (A Serious Man, 2009)
Direção: Joel e Ethan Coen
Roteiro: Joel e Ethan Coen
Elenco: Michael Stuhlbarg, Richard Kind, Fred Melamed, Sari Lennick, Peter Breitmayer, Ari Hoptman, Aaron Wolff, Jessica McManus.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Globo de Ouro 2011: umas pequenas considerações


O Globo de Ouro foi sem surpresas, confirmando ainda mais a campanha de A Rede Social rumo ao Oscar. Primeiro, a premiação que teve a apresentação do comediante britânico Ricky Gervais, que conduziu a festa no ano anterior. Sua performance comparado com um sonolento 2010 conseguiu chamar a atenção do público que assistia, exceto aos convidados presentes, que sentiram-se desconfortáveis com piadas ácidas. Já soam boatos de que fontes da Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA) irá mais convidá-lo para apresentar e de ele esquecer de chances de indicação futura.

Além do favoritismo do filme de David Fincher e do próprio diretor, com direito a agradecimentos a Mark Zuckerberg, criador da rede de relacionamento Facebook. Também confirma-se em roteiro e trilha-sonora (mesmo tendo o notável trabalho de Hans Zimmer, que pode surpreender). Natalie Portman e Colin Firth foram os atores dramáticos, por Cisne Negro e O Discurso do Rei.

Já na categoria mais polêmica, Comédia/Musical, Minhas Mães e Meu Pai era o candidato mais apropriado para ganhar, ainda por ser o mais elogiável da lista, que incluia filmes inéditos como o musical Burlesque e a aventura O Turista, com Angelina Jolie e Johnny Depp e alvos de duras críticas. Annette Bening confirmou o favoritismo entre as atrizes e Paul Giamatti superou as indicações de Depp.

Mais obviedades saindo do Critics' Choice: Christian Bale e Melissa Leo, ambos pelo drama de luta O Vencedor e Toy Story 3 a melhor animação. Já filme estrangeiro (In a Better World, da Dinamarca) e canção ("You Haven't Seen The Last of Me", de Burlesque) foram as únicas surpresas.

Mas foi na premiação de TV que sairam as melhores surpresas. Glee e Boardwalk Empire foram os grandes vencedores. E atores como Al Pacino, Claire Danes, Laura Linney e Jane Lynch que merecem reconhecimento pelos trabalhos realizados. E valeu muito em ver a verdadeira Temple Grandin, protagonista de um dos momentos mais emocionantes da noite.

Outros bons momentos da noite:

*Michael Douglas de volta, e muito bem!
*O discurso de "aquecimento" para o Oscar de Natalie Portman
*A troca de olhares entre Robert Downey Jr. e Emma Stone, assim com sua apresentação.
*A presença de Steve Carell e Tina Fey
*A piada de Gervais sobre O Turista e a categoria Filme Estrangeiro.

sábado, 15 de janeiro de 2011

O Mensageiro


O Mensageiro é de tirar o folego, ao mesmo tempo que é dolorido, por ter um contato maior com o sentimento e as marcas que a guerra deixou não só nos envolvidos, mas principalmente nas pessoas que amam. E o grande acerto do filme é introduzir ao espectador de forma crua uma das tarefas mais difíceis para qualquer ser humano: comunicar uma perda.

Recém-ferido da guerra do Iraque, Will Montgomery (Ben Foster) ainda tem três meses de serviço militar quando é remanejado para a divisão de notificação, sob supervisão do veterano capitão Tony Stone (Woody Harrelson). Essa função é de informar parentes de soldados que faleceram no front, antes mesmo dos noticiários. Isso exige que não exista envolvimento emocional e prezar o respeito, sempre.

A vida dos dois soldados são distintas, enquanto Will enfrenta o isolamento, ao mesmo tempo que problemas na visão, Tony enfrenta o alcoolismo e tem relacionamentos fúteis. Uma amizade entre os dois cresce, ao mesmo tempo que Montgomery estabelece uma relação de afeto com a viúva Olivia (Samantha Morton).

Diferentemente de filmes com temática semelhante, o roteiro de O Mensageiro é bem construído, sensível em lidar com eventos difíceis e respeitar os lados sentimentais dos familiares e dos soldados mensageiros. O realismo da direção e as atuações de Ben Foster, Woody Harrelson e Samantha Morton colaboram pelo contraste e identificação imediata.

O Mensageiro é comovente, tocante. Faz com que sentimos a reação da dolorosa perda de um ente querido e olhar também que para homens acostumados a lidar com a guerra ao terror, isso é mais doloroso ainda.

Cotação: 9,0

O Mensageiro (The Messenger, 2009)
Direção: Oren Moverman
Roteiro: Oren Moverman e Alessandro Camon
Elenco: Ben Foster, Woody Harrelson, Samantha Morton, Jena Malone, Steve Buscemi, Jahmir Duran-Abreau.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Prêmio Dardos


Mesmo sendo meio tarde, o blog foi reconhecido pelo Prêmio Dardos, em que agradecemos ao colega Cássio, do Dialogando Cinema.

"O Prêmio Dardos é um reconhecimento dos valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras."

Regras:

*Exibir a imagem do selo no seu blog;
*Linkar o blog pelo qual recebeu a indicação;
*Escolher outros blogs para receber o selo;
*Avisar os escolhidos

Indico:

*Alex, Cine Resenhas
*Kamila, Cinéfila por Natureza
*Madame Lumiére, Madame Lumiére
*Pedro, Tudo é Crítica
*Wally, Pássaros Mortos

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A Jovem Rainha Vitória


Como os livros de História contam, a Era Vitoriana foi uma época de prosperidade e paz para a Inglaterra e o auge da Revolução Industrial. E por ser o período de reinado de Vitória Alexandrina, que durou de 1837 a 1901. A Jovem Rainha Vitória retrata a intimidade da monarca de uma infância de regras a descoberta da maturidade em meio a pressão do destino.

Vitória teve uma infância de regras e cuidados, como descer as escadas somente com companhia de uma criada, por exemplo. Aos 18 anos - e interpretada por Emily Blunt - é a primeira na ordem de sucessão do tio, o Rei William (Jim Broadbent). Ela se recusa a conceder a regência do país a sua mãe, já que o tutor natural seria John Conroy (Mark Strong), administrador e companheiro da mãe de Vitória. Com a pressão política, ela se aproxima mais de seu primo, o Príncipe Albert (Rupert Friend), mesmo com os pequenos cortejos de antes.

O foco principal do filme é o relacionamento que Vitória nutre com Albert, que era treinado para o poder. A pressão que a nossa heroína tinha deixava-a mais solitária do que era, mais pelo modo de como era criada, sentindo-se com uma peça de xadrez, em um jogo contra sua vontade. Pode soar piegas o romance, mas aqui o roteiro ganha uma guinada maior.

A parte técnica tem a sua sutileza, principalmente nos figurinos. As atuações dos atores são de acordo com um filme de época, corretas, mas com destaque maior a Emily Blunt, mostrando versatilidade em interpretar uma personagem forte e decidida e conseguir uma boa química com seu companheiro de cena, Rupert Friend, especialmente na cena de Vitória pedindo seu amor em casamento.

A Jovem Rainha Vitória é satisfatório em não cansar, mas sim em cativar o espectador com uma história de amor envolvente e saber que Vitória conseguiu ter seu final feliz ao lado do homem que ama, além de ter a ajuda dele para transformar a Inglaterra, que segundo os livros, teve o seu melhor período.

Cotação: 8,5

A Jovem Rainha Vitória (The Young Victoria, 2009)
Direção: Jean-Marc Vallée
Roteiro: Julian Fellowes
Elenco: Emily Blunt, Rupert Friend, Paul Bettany, Miranda Richardson, Jim Broadbent, Thomas Kretschmann, Mark Strong, Jesper Christensen, Harriet Walter, Jeanette Hain, Julian Glover, Michael Maloney, Michiel Huisman, Genevieve O'Reilly.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Como Treinar o Seu Dragão


Ao assistir Como Treinar o Seu Dragão, produção dos estúdios Dreamworks, de imediato acaba lembrando O Gigante de Ferro, uma animação com técnicas simples, mas tocante em sua narrativa sobre o relacionamento de um menino com um gigante de ferro de outro mundo. Mas, obviamente, os personagens são distintos.

Em uma comunidade viking, vive Soluço, um garoto que não tem forças suficientes para lutar contra dragões, mas sempre desejou ser como o pai, líder do clã. Mas, num belo dia, ele encontra um dragão conhecido como Fúria da Noite, que caiu em uma armadilha – feita pelo próprio – mas acaba tendo uma parte da cauda invalida. Com isso, a aproximação entre o menino e a criatura acaba ficando cada vez mais afetiva, fazendo com que Soluço fique com um dilema em mãos.

A lembrança a O Gigante de Ferro é o fortalecimento de uma amizade, os segredos que o protagonista precisa esconder e as descobertas das diferenças entre criaturas e humanos, mostrando que todas as conversas sobre os dragões serem monstros são por desconhecerem que a espécie tem medo de algo e por serem obrigados a caçar algo para satisfazer os desejos de alguém.

Os criadores de animações com Shrek e Kung Fu Panda são conhecidos por apostar em personagens carismáticos para omitir furos e a falta de piadas em algumas histórias. O roteiro de Como Treinar o Seu Dragão é adaptado de um livro infantil, trazendo personagens que conquistam de imediato, como o menino e o dragão, contribuindo ainda mais com a técnica, desde os cenários até a bela trilha sonora composta por John Powell.

Como Treinar o Seu Dragão é uma primorosa produção, funciona com crianças e adultos e amorosa com sua mensagem de amizade, mostrando que o afeto não tem gênero, mas mostrar a todos o significado que está escondido em criaturas onde menos esperamos. Uma grata surpresa!

Cotação: 9,0

Como Treinar o Seu Dragão (How To Train Your Dragon, 2010)
Direção: Dean DeBlois e Chris Sanders
Roteiro: Dean DeBlois e Chris Sanders, baseados em livro de Cressida Cowell
Elenco (vozes): Jay Baruchel, Gerard Butler, Craig Ferguson, America Ferrera, Jonah Hill, Christopher Mintz-Plasse, Kristen Wiig.