sábado, 31 de dezembro de 2011

Os Melhores Filmes de 2011

Em 2011, o Cinema entregou histórias emocionantes, engraçadas, chocantes, reflexivas, sonhadoras... Enfim, são produções que arrebataram nossa atenção ao longo do ano, de acordo com o calendário de lançamentos (contando telonas e telinhas):


1. Cisne Negro (Black Swan, 2010, de Darren Aronofsky)
Crítica



2. Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris, 2011, de Woody Allen)
Crítica



3. O Palhaço (idem, 2011, de Selton Mello)



4. Melancolia (Melancholia, 2011, de Lars Von Trier)



5. A Pele Que Habito (La Piel Que Habito, 2011, de Pedro Almodóvar)



6. 127 Horas (127 Hours, 2010, de Danny Boyle)
Crítica


7. X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class, 2011, de Matthew Vaughn)
Crítica



8. Bravura Indômita (True Grit, 2010, de Joel Coen e Ethan Coen)
Crítica



9. Amor a Toda Prova (Crazy, Stupid, Love, 2011, de Glenn Ficarra e John Requa)



10. Não Me Abandone Jamais (Never Let Me Go, 2010, de Mark Romanek)
Crítica


Vale lembrar de: A Árvore da Vida, de Terrence Malick; O Discurso do Rei, de Tom Hooper; Enrolados, de Nathan Greno e Byron Howard; Reino Animal, de David Michôd; Rio, de Carlos Saldanha e Winnie the Pooh, de Stephen J. Anderson e Don Hall.


A Apaixonada por Cinema voltará do recesso das festas no dia 09/01/2012. Desejamos a todos os leitores e seus familiares um 2012 cinematográfico, acompanhado de muitas conquistas, paz e saúde! :)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Os Homens que Não Amavam as Mulheres



"Lisbeth Salander fechou os olhos e quis que o chão se abrisse sob seus pés. Sentia-se num estado de paralisia mental. Estava com a boca seca. A situação era irreal e seu cérebro recusava-se a funcionar."


O jornalista e ativista sueco Stieg Larsson tinha 50 anos de idade quando finalizou os manuscritos de sua obra intitulada Millennium, mas infelizmente, bem depois de entregar sua história aos editores, faleceu prematuramente e não testemunhou o sucesso que sua obra faria na literatura mundial. A trilogia, dividida em três histórias, teve seu destino inevitável em se transformar em uma produção cinematográfica.

O primeiro volume, Os Homens que Não Amavam as Mulheres, tem como foco narrativo o desaparecimento de uma jovem de 16 anos, em 1966, sobrinha de um rico empresário. Este, então, resolve convocar o repórter da revista Millennium Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist), que está às voltas com uma acusação de difamação por parte de poderosos.

Do outro lado, encontra-se a hacker bissexual Lisbeth Salander (Noomi Rapace) uma pessoa anti-social, mas muito esperta. Juntando-se o faro jornalístico de Blomkvist e a astúcia de Salander, eles acabam entrando em perigos e abrindo um segredo familiar que pode estar relacionado ao desaparecimento da jovem.

Os Homens que Não Amavam as Mulheres possui uma complexidade admirável, que envolve imediatamente o espectador, que não percebe as horas de duração passarem, além de respeitar o material de Larsson. E vai além dos suspenses lançados comercialmente por Hollywood por mostrar sem pudor cenas de violência e tensão, usado como reflexão para uma Suécia atual.

Outros méritos vão para as atuações de Michael Nyqvist, como Mikael, que mesmo tendo um desempenho competente, acaba sendo ofuscado por Noomi Rapace, soberba como Lisbeth Salander, uma persona muito bem construída, que por debaixo de seu visual extravagante, mostra-se uma pessoa inteligente e que consegue muito bem se defender.

Como ponto de partida para a trilogia Millennium, Os Homens que Não Amavam as Mulheres faz sua lição de casa por ser um quebra-cabeça competente, ao mesmo tempo em que não está preocupado em se tornar mais um filme investigativo, mas sim envolver o espectador para investigar junto. Agora, é só aguardar a segunda parte, intitulado A Menina que Brincava com Fogo.

Cotação: 8,5

Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Män Som Hatar Kvinnor, 2009)
Direção: Niels Arden Oplev
Roteiro: Rasmus Heisterberg e Nikolaj Arcel, baseados em livro de Stieg Larsson
Elenco: Michael Nyqvist, Noomi Rapace, Lena Endre, Peter Haber, Sven-Bertil Taube, Peter Andersson, Ingvar Hirdwall, Sofia Ledarp, David Dencik.