sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Goodbye, 2010!


Sempre quando chega o dia 31 de dezembro, sempre relembramos as conquistas e desafios que entraram no caminho, alegrias e tristezas e metas que cumprimos ao prometer no começo do ano, tecnicamente, além de aprendermos com nossos erros. 2010 foi um ano que deixa muitas histórias, ensinando para nós o significado de sonhos ou realidade e até brincando com nossa imaginação.

Gostaria de agradecer a todos que visitaram o blog ao longo do ano, em que sempre está apresentando pessoas que não só amam Cinema, mas também procuram por um espaço para conversar. E que 2011 seja completo, com muitas realizações profissionais e pessoais, saúde e que o Cinema continue introduzindo-nos a muitas histórias, reais ou fantásticas. Mais uma vez, obrigado a todos e a 2010!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

It's a Wonderful Holiday!







Nós, da Apaixonada por Cinema queremos desejar a todos os nossos leitores e amigos um belíssimo Natal, com muita paz, saúde, presentes e muitas histórias para contar.

domingo, 19 de dezembro de 2010

A Rede Social


“Não tinha como saber que aquele garoto com o cabelo enroladinho viraria do avesso todo o conceito de rede de relacionamentos sociais – que um dia aquele garoto que tentava entrar nas primeiras festas da faculdade mudaria mais a vida de Eduardo que qualquer Clube Final.”

A Rede Social é frio, no sentido de que é mais do que mostrar o nascimento do site de relacionamentos Facebook, mas sim com relação das intenções, ambições e atitudes de Mark Zuckerberg, seu fundador antes e até durante as brigas judiciais que enfrentou com relação aos direitos do site, no que levou a um conflito até com pessoas próximas a ele.

Depois que sua namorada resolve colocar um ponto final no relacionamento, Zuckerberg (vivido por Jesse Eisenberg) resolve hackear a rede da universidade, roubando fotos de alunas para fazer comparações físicas, intitulado Facemash. Com isso, acabou chamando a atenção dos gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss (interpretados pelo mesmo ator, Armie Hammer) que resolveram chamar Mark para ajudar a criar um site de relacionamentos exclusivo para os estudantes de Harvard. Mas, juntamente com seu melhor amigo brasileiro, Eduardo Saverin (o adorável Andrew Garfield), criam o tal do Facebook, ao mesmo tempo que evitando os gêmeos, que veem o site consolidado, resolvem abrir um processo contra Mark.

Com um tempo e pequenos investimentos, o Facebook acaba sendo expandido fora de Harvard e chama a atenção de Sean Parker (o cantor Justin Timberlake), fundador do Napster, um programa de compartilhamento musical que também protagonizou uma luta jurídica com relação a direitos autorais. Com Parker entrando com participação maior no Facebook, Zuckerberg começa a enfrentar conflitos com seu sócio Eduardo.

O que poderia ser uma produção sobre um das grandes empresas do século atual, mostra-se as intenções que o site foi criado, deixando a parte judicial em flashes, mas sem deixar sua importância. A direção de David Fincher foi fundamental para fazer destes momentos-chave não ficarem monótonos e a segurança que o cineasta tem em dirigir um elenco composto por atores jovens, que defendem bem os seus personagens.

O roteiro de A Rede Social coloca o espectador a explorar conflitos que adolescentes passam com relação a idade e a pressão que faculdade traz e também a aceitação de colegas populares e ser reconhecido não só por aparentar ser um “nerd”. E a trilha sonora composta por Trent Reznor consegue um encaixe perfeito para cada cena, causando um clima frenético e imediato.

A Rede Social corresponde a pessoas ás voltas com a Internet tomando conta da vida cotidiana de cada um e também o objetivo de um simples jovem que virou prodígio, mas por traz dessa empreitada que conectou milhões de pessoas, ele só queria uma coisa: ser aceito.

Cotação: 9,5

A Rede Social (The Social Network, 2010)
Direção: David Fincher
Roteiro: Aaron Sorkin, baseado em livro de Ben Mezrich
Elenco: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Armie Hammer, Rooney Mara, Max Minghella, Joseph Mazzello, Rashida Jones.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Destinos Ligados


O título Destinos Ligados, mesmo sendo em comum com algumas produções batizadas com este tipo de nome, ele acabe explicando que o filme tem uma linha narrativa, em que no decorrer da história acabe ligando os envolvidos nela, independente da situação. E aqui, a questão da maternidade é o centro dela.

Na introdução, vemos uma garota de 14 anos que acaba de dar a luz a uma criança, mas teve que entregar a criança para a adoção. Depois de 30 anos, essa mesma moça, Karen (aqui, vivida por Annette Bening, em uma bela atuação), cuida da mãe doente e vive com o arrependimento carregado em sua vida. Na outra parte, temos Elizabeth (Naomi Watts), uma advogada ambiciosa e sedutora que começa um caso com seu novo chefe (papel de Samuel L. Jackson). Já a outra mulher é Lucy (Kerry Washington), que sofre do dilema de não poder engravidar e decide recorrer a adoção.

O cineasta colombiano Rodrigo García já tem uma experiência em histórias paralelas e tocantes, como a série In Treatment e em seu longa-metragem de estreia, Coisas que Você Pode Dizer Só de Olhar para Ela. Em Destinos Ligados, García mostra-se competente na direção de atores e também na criação dos diálogos, apesar da ausência de impactos maiores na narrativa, mas sim trazendo leveza para um tema delicado.

Destinos Ligados conquista pela simplicidade e segurança do elenco e de seu realizador, que sabem bem mostrar em uma produção os sentimentos de mulheres comuns, com seus sonhos e desafios de serem mães e compartilharem para nós e entender bem seus dilemas.

Cotação: 8,5

Destinos Ligados (Mother and Child, 2010)
Direção: Rodrigo García
Roteiro: Rodrigo García
Elenco: Annette Bening, Naomi Watts, Kerry Washington, Samuel L. Jackson, Jimmy Smits, David Morse, David Ramsey, Shareeka Epps, Carla Gallo, Marc Blucas, Cherry Jones, S. Epatha Merkerson, Amy Brenneman.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Soundtrack: Black Swan


Cisne Negro, a mais nova produção de Darren Aronofosky, que mescla o balé clássico com um tom sombrio marca a quinta parceria do diretor com o compositor Clint Mansell, responsável por trilhas como de Réquiem Para um Sonho e O Lutador. Aqui, Mansell teve o desafio de adaptar a composição de O Lago dos Cisnes, do russo Peter Ilyich Tchaikovsky para o contexto do filme.

Aqui, o score apresenta a delicadeza e respeito com a obra original, ao mesmo tempo que consegue criar um tom sombrio para as faixas como "A New Swan Queen", "The Double", "Opposites Attract" (a melhor) e "Night of Terror", que pode ser considerado um mix de Tchaikovsky e do próprio Mansell.

Outras faixas delicadas e até na mudança no toques do piano, de acordo com o clima. Alguns outros destaques são "A Room Of Her Own", "It's My Time", "A Swan Is Born" e "A Swan Song (for Nina)", tema gótico de O Lago dos Cisnes.

Apesar de ter outros bons trabalhos no Cinema, Clint Mansell atinge aqui a sua melhor trilha, causando paixão imediata e até emoções inesperadas. Perfeita! Para fazer o download, clique aqui

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um Parto de Viagem


Road movie é um gênero que pode funcionar ou não, mas é necessário boas fórmulas para chegar a esse eixo, já que boa parte do filme tem sua história contada na beira da estrada. Filmes como Thelma & Louise e Pequena Miss Sunshine são alguns exemplos. E Um Parto de Viagem é mais uma produção que pode ser considerado nesta lista de estrada.

Robert Downey Jr. é Peter Highman, um arquiteto que está acostumado a constantes viagens de negócios. Ele tem cinco dias para chegar em Los Angeles para acompanhar o nascimento de seu primeiro filho. Ele conhece o aspirante a ator Ethan Tremblay (Zach Galifianakis) e dentro do avião, um contratempo faz com que ambos sejam expulsos do avião e caiam na estrada para chegar a tempo em seus destinos.

O comportamento de ambos é distinto. Enquanto Peter é uma pessoa que tem uma certa facilidade de estresse, Ethan tem as suas excentricidades, mas mostra por trás disso uma certa doçura que são ofuscados pelas trapalhadas que se mete, como no uso de um "remédio" para glaucoma, o principal responsável pelas confusões que o trio (juntamente com o cachorro Sonny) está envolvido.

O filme encontra semelhanças com Se Beber, Não Case!, produção anterior do diretor Todd Phillips, mesmo que aqui as sacadas usadas serem inferiores, sem tirar a graça. Um elemento positivo é a química que os dois protagonistas - e o cachorro, com destaque para Zach Galifianakis, lembrando muito seu personagem que o lançou até nos trejeitos. Já Robert Downey Jr. está bem como Peter, apesar da antipatia que seu personagem possui.

Um Parto de Viagem pode ter uma trama batida, mas no final tem um débito positivo por ser uma produção sem compromissos. Não é uma obra-prima da comédia, mas deixa um sorrisão no rosto e também espanta o mal humor de um dia intenso.

Cotação: 7,0

Um Parto de Viagem (Due Date, 2010)
Direção: Todd Phillips
Roteiro: Alan R. Cohen, Alan Freedland, Adam Sztykiel e Todd Phillips, baseados em história de Alan R. Cohen & Alan Freedland
Elenco: Robert Downey Jr., Zach Galifianakis, Michelle Monaghan, Jamie Foxx, Juliette Lewis, Danny McBride.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Woody Allen: 75 anos em órbita


"As pessoas sempre se enganam em duas coisas sobre mim: pensam que sou um intelectual, porque uso óculos e que sou um artista, porque meus filmes sempre perdem dinheiro."

Em 01 de dezembro, Allan Stewart Konigsberg, ou Woody Allen está ficando mais velho. Mas, isso não é um problema em se tratando de escrever e dirigir filmes, lançando uma nova produção por ano. Apaixonado por Jazz e Nova York, sua cidade natal, é conhecido por colocar em seus roteiros características que servem de influência própria, com personagens neuróticos e pessimistas com o mundo. Ou será frustrações dele próprio com o mundo?

Mesmo com suas histórias passadas em Nova York serem pérolas, Allen andou explorando novos ares, usando a Europa como cartão-postal para suas histórias, mas além de escrever o roteiro de seus próprios filmes, Woody também se aventurou escrevendo livros, como Cuca Fundida e Fora de Órbita, que reúnem crônicas escritas pelo próprio para a revista New Yorker.

Fazer uma lista de filmes favoritos de Woody Allen é uma tarefa meio complicada, mas a cinéfila que vos fala coloca os cinco filmes favoritos do cineasta. Vida longa a Mr. Allen!


5) Match Point - Ponto Final (Match Point, 2005)


4) Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977)


3) Hannah e Suas Irmãs (Hannah and Her Sisters, 1986)


2) A Rosa Púrpura do Cairo (The Purple Rose of Cairo, 1985)


1) Manhattan (Manhattan, 1979)